De Acordo com o Novo Acordo

"Buenas", dedico esta página para falar do Novo Acordo Ortográfico - que, bem dizer, não tem nada de novo, pois já estava vindo em análise desde 1990, hehe -, que rege, neste momento, a nossa ortografia.

Vamos então a algumas considerações iniciais:

  • Objetivo principal da Reforma
- Unificar a língua dos integrantes da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

  • Aspectos positivos da Reforma 
- Ampliação do idioma e da Literatura Portuguesa;
- Simplificação de algumas regras ortográficas;
- Facilidade da compreensão linguística por estudantes estrangeiros;
- Redução dos custos e de produção e adaptação de livros.

  • Aspectos negativos da Reforma 
- Suposta dificuldade de se adaptar às novas regras;
- Adaptação de documentos e publicações.


  • Periodo de adaptação à Nova Reforma
- Os falantes terão até dezembro de 2012 para se adaptar à Nova Reforma;
- Enquanto acontece a adaptação, os falantes de LP podem escrever de acordo com a Reforma antiga;
- Os falantes podem escrever, portanto, até o término do período de adaptação, de acordo com a Nova Reforma;
- Não poderá ser cobrada a Nova Ortografia em testes escolares, em provas de vestiulares, em concursos, etc.;


  • Influências na Ortografia
- Brasil sofreu a influência de apenas 0,5% na alteração da ortografia;
- Portugal sofreu a influência de apenas 1,6% na alteração da ortografia, sendo, porém, maior que a do Brasil.


  • Meio atingido pela Reforma
- A escrita é o único meio atingido pela Reforma, pois esta é meramente ortográfica;
- A Reforma não afeta, portanto, a língua falada;
- A Reforma não eliminou todas as diferenças existentes entre o PB (Português Brasileiro) e o PE (Português Europeu).

AS NOVAS REGRAS DA REFORMA ORTOGRÁFICA

  • O alfabeto
Regra antiga: o alfabeto era composto de 23 letras.
Regra nova: o alfabeto agora é composto de 26 letras, com a inclusão de "K", "W" e "Y".
Como será: essas novas letras serão usadas somente para designar símbolos, siglas, nomes próprios e palavras estrangeiras e aportuguesadas.

  • O trema
Regra antiga: o trema (ü) era usado nos grupos "gue", "gui", "que", "qui" quando a letra "u" era pronunciada. (Exs.: "lingüiça", "conseqüência")
Regra nova: não se usa mais o trema; se usa, entretanto, somente em casos em que aparecer nomes proprios e seus derivados. (Exs.: "frequente", "Müller")
Como sera: "frequente", "Müller", etc. 

  • A acentuação
1. DITONGO:
Regra antiga: "Assembléia", "Platéia", "Heróico", "Paranóico".
Regra nova: Não se acentua mais as palavras paroxítonas com os ditongos abertos "ei" e "oi". Fica, portanto, assim: "Assembleia", "Plateia", "Heroico", "Paranoico".

2. HIATO:
Regra antiga: "Vôo", "Lêem", "Crêem".
Regra nova: Não se acentua mais os hiatos dos grupos "ee", "oo" (antes se acentuava a primeira vogal). Fica, portanto, assim: "Voo", "Leem", "Creem".


3. ACENTO DIFERENCIAL
Regra antiga: "Pára" (verbo), "Pêra" (substantivo), "Pêlo" (substantivo), "Péla" (substantivo e verbo), "péra" (substantivo) e "pólo" (substantivo).
Regra nova: Não se acentua mais as palavras homógrafas (com mesma grafia) acima. Fica, portanto, assim: "Para", "Pera", "Pelo", "Pela", "Pera" e "Polo".
Obs.: Só o contexto em que a palavra estiver poderá definir à qual classe gramatical ela pertence. Não são todas as palavras homógrafas que perdem o acento diferencial; "Pôde" e "Pôr" são exemplos disso. A palavra "forma" pode ser grafada ou não com o acento, cujo uso, por conseguinte, é facultativo (ex.: "fôrma" - substantivo; "forma" - verbo)

4. ACENTO DO "I" E "U" TÔNICOS
Regra antiga: "bocaiúva", "feiúra", "baiúca".
Regra nova: os acentos dos "i" e "u" tônicos não existem mais, uma vez que esses formam ditongo decrescente antecedido de vogal.
Ex.: "bocaiuva", "feiura", "baiuca".
Obs.: se o "i" ou o "u" estiver na última sílaba, o acento permanece. Ex.: "tuiuiú", "Piauí".

5. ACENTO DO "U" TÔNICO NOS GRUPOS "QUE", "QUI", "GUE", "GUI"
Regra antiga: "argúi", "redargúi"
Regra nova: desaparecem esses acentos.
Ex.: "argúi", "redargúi".


  • O Hífen
1. CASO I
Regra antiga: "auto-escola", "infraestrutura", "contraindicação".
Regra nova: quando o prefixo terminar com uma vogal e a palavra seguinte começar por uma outra vogal diferente, não se usa mais o hífen.
Ex.: "autoescola", "infraestrutura", "contraindicação".

2. CASO II
Regra antiga: "auto-retrato", "infra-som", "contra-regra".
Regra nova: Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar por vogal e a primeira letra da palavra seguinte iniciar por consoante "r" ou "s".
Ex.: "autorretrato", "infrassom", "contrarregra".

3. CASO III
Regra antiga: "pára-quedas", "manda-chuva".
Regra nova: Desaparece o hífen, uma vez que essas palavras perderam a noção de composição.
Ex.: "paraquedas", "mandachuva".


Espero que tenham gostado. Qualquer sugestão, comentem, pessoal!

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